sábado, 1 de outubro de 2016

Dirigente do PSTU de Teresina tenta intimidar militante do RUPTURA SOCIALISTA por defender voto nulo!

Veja abaixo a nossa resposta ao dirigente do PSTU:

Professora Graça Ciríaco sempre combateu o imobilismo do PSTU na UESPI


Professor Daniel Solon,

Lamentamos profundamente que você e outros/as dirigentes do que vocês chamam de "PSTU" no Piauí, tenham enveredado pelo caminho da degeneração burocrática e conduzido irresponsavelmente dezenas de militantes honestxs a se matricularem em "clubes de amigxs" e frações permanentes, como forma organizativa privilegiada para exercer o diletantismo pequeno burguês, típico da sua militância e da maioria dos dirigentes da sua organização nesse estado. Seu oportunismo é tão exacerbado e incorrigível que influencia negativamente boa parte da militância do seu "partido". Talvez venha daí a sua indignação e tentativa de intimidação de uma militante da nossa organização política Ruptura Socialista, por conta da divulgação do nosso documento intitulado: POR QUE VOTAREMOS NULO EM TERESINA ?

Dirigente do PSTU tenta intimidar militante da nossa organização. 


Embora respeitemos vários/as militantes do seu partido, pois têm história de luta aqui e em outros estados brasileiros, nos sentimos na obrigação de responder à sua desesperada e inconsequente agressão à nossa militante, Professora Graça Ciríaco, a quem exigimos respeito, tanto a ela quanto à organização a que ela pertence.

Esta não é primeira vez, Daniel, que você assedia militantes da nossa organização política Ruptura Socialista, com indiretas, piadinhas de mau gosto e manobras políticas simplórias que são relatadas nos organismos da nossa pequena organização. A nossa militância já percebeu que vocês estão construindo em TERESINA uma “versão moderna” do que o dirigente Nahuel Moreno identificou na Argentina na década de 40, para o qual baixou uma determinação muito importante: "os membros do GOM (Grupo Operário Marxista) abandonariam “a festa” dos círculos intelectuais típicos do “trotskismo de café” para ligar-se estreitamente à classe operária.

A resistência de vocês em abandonar essa prática vem destruindo o projeto do partido de vocês no Estado do Piauí. Quando vocês nos propuseram um “pacto de blindagem” para que a base do PSTU não ficasse sabendo dos graves desvios da Direção, não nos deixaram alternativa que não a de nos afastarmos dessa organização.  

Não vamos nos aprofundar no debate sobre a recente saída de 739 militantes do PSTU em todo o Brasil, inclusive metade da Direção Nacional, pois nos afastamos alguns meses antes e desconhecemos boa parte desse outro processo de ruptura que deu origem ao MAIS (Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista) e que também teve repercussão em Teresina. Consideramos uma grande derrota esse “racha” nacional, o que dificultou mais ainda a correção dos desvios que estão se ampliando cada vez mais no PSTU do Piauí.
Logotipo da organização que surgiu de uma ruptura nacional do PSTU em julho.






 
Pontuaremos cada uma das questões que você mencionou se dirigindo à Professora Graça (quando deveria se dirigir à organização a que ela pertence), tentando inutilmente intimidar a nossa militante, para que você compreenda, definitivamente, que sua tática ridícula não irá funcionar. Aproveito a oportunidade e registro o repúdio ao seu assédio e de outros/as dirigentes do seu partido, que foram observados e denunciados por outros/as militantes nossos/as, como a Professora Lina Santana (Presidente da ADCESP) e Gleudiano Rodrigues (militante de base na ADCESP) que foram fundamentais na construção da unidade com outros agrupamentos da esquerda socialista, como o PSOL, por exemplo, que foi muito mais combativo e presente na Greve da UESPI do que a militância do partido “revolucionário” que você diz construir. Iniciaremos por suas falácias argumentativas:

Falácia nº 1 - Daniel Solon diz: o campo eleitoral não é e nem será o forte da esquerda que se reivindica revolucionária. Nosso campo é outro. O das lutas”.  

C.E.R.S. - Esse discurso não corresponde aos fatos. Basta verificar as fotografias das lutas em período eleitoral e as fotos das lutas do último 1º de maio classista ou da Greve da UESPI para perceber que vocês se multiplicam em período eleitoral e desaparecem durante o resto do ano.
Ruptura socialista apoiando e construindo a Greve na UESPI

Falácia nº 2 - Daniel Solon diz: Mesmo assim, (eleição) é um assunto que deve ser levado à sério pelas organizações de esquerda. Mas não devemos fraquejar porque os "ultimatistas" não tiveram sucesso em seus sussurros pela "unidade da esquerda". Foi um chamado frágil que não ecoou porque simplesmente não tocou nem sequer no programa que deveria ser defendido em nome de uma pretensa unidade”     

C.E.R.S. - Ora, veja só que contradição gritante! Dizem que acham importante a eleição, se negam a construir uma frente de esquerda, num surto autoproclamatório em reunião no auditório da ADUFPI na preparação do 1º de maio, depois lançam apenas um candidato a vereador em Teresina, sendo que este praticamente mora em Floriano, mas foi o único que aceitou ser candidato, pois é o menos sectário da organização.

C.E.R.S. - Afirma que foi um chamado frágil... MAS É ÓBVIO QUE FOI UM CHAMADO FRÁGIL! A nossa organização ainda é muito pequena e frágil e nem tem registro eleitoral. Quem deveria iniciar o esforço pela unidade deveria ser o PSTU, pois o PCB já estava disposto e o PSOL tem muito receio do sectarismo do seu partido, Daniel, que se acha o mais revolucionário entre os revolucionários.  É uma irresponsabilidade sem tamanho o que vocês fizeram.

C.E.R.S. - Dirigentes do PSOL nos informaram no ato FORA TEMER do último dia 29, que estavam dispostos sim, a construir a Frente de Esquerda Socialista em Teresina e que os membros daquele partido que, a exemplo de vocês, foram contrários à Frente eleitoral e nas lutas, são minoria no PSOL. Nós imaginávamos que fosse uma posição oficial daquele partido... Cabe a nós, portanto, um pedido de desculpas àquela organização, pois um ato de IRRESPONSABILIDADE como esse, num momento tão difícil para a esquerda brasileira, não pode ser atribuído injustamente a quem não o praticou...

C.E.R.S. - Sobre sermos “ultimatistas”... Eu acho que você não lê o que escreve, Daniel. É típico dos diletantes. Acham que todos irão concordar com o que dizem mesmo com um discurso repleto de contradições... Afinal, são o supra sumo dos bambambans... Como é que o nosso chamado pode ser, ao mesmo tempo, um “sussurro frágil” e funcionar como um ULTIMATO a uma organização tão “poderosa” como o PSTU ??? Vamos ao conceito de ultimato: “exigência, pedido ou proposta final cuja rejeição acarretará o fim das conversações e o uso de uma ação direta”.  Foi isso o que fizemos, Daniel?   Nós falamos: Aceite a composição da Frente de Esquerda Socialista ou... ou o que, Daniel? Nós fizemos alguma ameaça? Ou vocês não quiseram compor a Frente porque nós sabemos muito sobre vocês? Correriam o risco de informarmos aos outros agrupamentos da esquerda como vocês fazem para constituir maioria na disputa das frações internas do partido de vocês? Quanto a isso, não se preocupe. Não seremos nós a resolver vossos problemas morais... O que tínhamos a dizer sobre isso deve ficar nas 11 páginas do documento interno que encaminhamos a Vossa Direção Nacional, que não tomou providências e nem as tomará, pois além do envolvimento de importantes dirigentes nacionais, também não podem perder mais militantes, sob pena de desaparecerem. Não temos interesse em divulgar esse “documento escandaloso” externamente. Porém, não acho justo que a militância de base do Vosso partido desconheça essas informações e muitas outras... Mas isso é problema de vocês.

Falácia nº 3 - Daniel Solon diz: Nada falam dos diferentes programas defendidos pelas candidaturas de esquerda. Falam dos "nomes" escolhidos para serem candidatos. Se a questão central é um "nome de peso eleitoral" para manifestar apoio, suponho que a corrente sindicalista ultimatista entraria de mala e cuia na campanha do burguês Jesus Rodrigues, se ele tivesse sido o escolhido para encabeçar a chapa do Psol a prefeito de Teresina.”
  
C.E.R.S. - Como diria nosso militante e cartunista Joaquim Monteiro, em legítimo Piauiês: Ora, Marrapá! Como fazer a discussão programática se vocês deram um coice nessa tática e se negaram a discutir a composição da Frente de Esquerda Socialista? Ou será que vocês queriam que nós discutíssemos em nosso documento o programa do PSTU e disséssemos que é melhor do que o programa do PSOL e do PCB? Aí teríamos 02 problemas:
a) O programa do PSTU nacional vocês não implementam em Teresina e o método propalado menos ainda. Vocês apenas se preparam para fazer belos discursos e dormir até meio dia.
b) Vocês simplesmente não têm um Programa de Governo para Teresina. Desafiamos a você, Daniel, a apresentar quaisquer propostas discutidas em Um Seminário de Programa de Governo do PSTU sobre Geração de Emprego, Educação, Saúde ou Segurança para Teresina em 2016, discutido com os segmentos da classe trabalhadora onde atuam ou não atuam. Sabe por que não existe, Daniel? Porque as pessoas que tinham um mínimo de inserção social nas lutas da classe e dedicavam seu tempo para escrever e organizar o partido, já não estão mais no PSTU. Cansaram e se afastaram em rupturas coletivas ou individuais, inspiradas pela poesia de Torquato: “Só quero saber do que pode dar certo...” Vocês não querem dar certo, Daniel. Querem apenas curtir e, às vezes, compartilhar... de uma grife política, supostamente indelével.

C.E.R.S. - Sobre o seu ataque gratuito ao PSOL, utilizando uma suposição de candidatura a Prefeito do Jesus Rodrigues, numa suposta Frente de Esquerda Socialista, isso expõe nitidamente o sectarismo do qual você nos acusa. Embora o filiado Jesus não seja candidato nem mesmo pelo PSOL nessas eleições, caso ocorresse essa possibilidade, mesmo sendo remota, durante os debates tentaríamos chegar a um nome de consenso. Obviamente que se vocês partissem com esse posicionamento agressivo ou se o PSOL iniciasse o debate pedindo explicações sobre os 11 meses que Gervásio, dirigente do PSTU do Piauí passou em Natal-RN recebendo o salário sem trabalhar e sem nenhuma justificativa legal, protegido pelo seu irmão Kleber Montezuma (PSDB), obviamente que não construiríamos uma Frente. Certamente que o nome de Gervásio também seria rejeitado, mas não se constrói uma frente iniciando o debate pelas divergências. Primeiro, faríamos um debate programático e, em seguida, a composição das chapas majoritária e proporcional.

C.E.R.S. - Após a derrota fragorosa na última eleição em que sua fração insistiu na sua candidatura a governador e nós defendemos o nome da bancária Solimar Silva, pelos motivos que você deve lembrar, ocorreu o que esperávamos: Maklandel do PSOL obteve 22.480 votos e Daniel Solon, do PSTU, obteve apenas 6.452 votos.  Você dirá: foi uma derrota eleitoral e uma vitória política. Ou ainda: nós priorizamos as lutas, não as eleições.... Quantos chavões você decorou para camuflar as sucessivas derrotas, por total inépcia e teimosia prestigista? Até quando você vai fingir que o funcionamento interno do PSTU do Piauí é diferente e melhor do que o do PSOL, dividido em tendências permanentes? Vai dizer que o PSOL é eleitoreiro e não tem inserção nas lutas? Que tem mais estrutura e tempo na TV? Não cola mais, Daniel...

C.E.R.S. - Sobre os  “nomes” escolhidos pelo PSTU para a chapa majoritária para concorrer ás eleições de 2016, nós sabemos perfeitamente qual foi a sua intenção, Daniel.Agora que o PSTU está caindo aos pedaços e o resultado eleitoral tende a ser mais pífio ainda, obviamente que nenhum dos dirigentes mais experientes aceitaria ser candidato e passar esse vexame, que tende a ser pior do que o da última eleição. Assim, vocês da cúpula tiraram da cartola uma jogada de mestre: vamos utilizar essa crise para pacificar os 03 clubes internos do PSTU de Teresina: Mocambinho, Negrxs e SINDSERM... A gente escolhe uma chapa sob o pretexto de renovação com uma candidata negra e mulher, que não seja do clube interno do Daniel, e a base do partido nem irá imaginar que estamos fugindo do vexame. Mas não pode ser uma mulher mais experiente e com tradição de luta, pois ela poderia ter mais votos que Daniel... Pois é, Daniel. Mas você ainda corre o risco de Luciane ter um desempenho melhor que os seus inexpressivos  5.103 votos de 2012... Vai preparando aí uma desculpa...

C.E.R.S. - Aliás, aproveite a oportunidade em que estamos lhe alertando em relação à tentativa de intimidação da nossa militante Graça Ciríaco e explique porque você insiste tanto em desmobilizar e descaracterizar a campanha #SOSUESPI, boicotando as discussões e manipulando constantemente para que não haja a unidade dos 03 segmentos da UESPI (professores/as, estudantes e funcionários/as). Aproveito para lhe informar que, enquanto estivermos com a nossa militância atuando na Direção e na base da ADCESP, bem como no movimento estudantil, onde exigimos respeito à nossa também militante Israela Santos, estaremos empenhados no fortalecimento da Campanha permanente #SOSUESPI.

Falácia nº 4 - Daniel Solon diz: "Nada mais antitrotskista e ultresquerdista do que esta tática de voto nulo no primeiro turno. Um desvio sectário indigno até mesmo de ser chamado de anarquista." 
  
C.E.R.S. - Sobre desvio sectário, que bom que vocês modificaram a consigna FORA TODOS, totalmente descontextualizada e auto proclamatória a ponto de defender o próprio suicídio político. No contexto da tradição revolucionária o FORA TODOS deveria significar, inclusive, FORA CLEBER e FORA AMANDA, que foram os únicos parlamentares eleitos pelo partido. E não lembro de vocês terem proposto a renúncia.
 
Política equivocada do PSTU reproduzida pelos neonazistas "Carecas do ABC"

C.E.R.S. - Tal palavra de ordem pressupunha que os parlamentares do PSOL sejam iguais a todos os outros do congresso, da mesma forma que vocês consideraram o Governo de Frente Popular de Dilma (PT) igual ao Governo burguês típico de Temer, afirmando que o impeachmente significaria apenas "trocar seis por meia dúzia". Pois bem, a meia dúzia se multiplicou em progressão geométrica...

C.E.R.S. - Agora vocês “ajeitaram” e colocaram um complemento importante: FORA TODOS...os corruptos e reacionários do Congresso. Melhorou um pouquinho... A provocação ao PSOL não deu certo e foram forçados a recuar da posição ultra sectária... Porém, o FORA TEMER ainda não é suficiente pra vocês.

C.E.R.S. - Sobre o voto NULO no primeiro turno, sabemos que é inédito, mas não defendemos a partir de principismos ou regras perenes, pois se assim fosse, nem estaríamos discutindo o apoio à candidatura de Romualdo Brasil, do PSOL na cidade de Demerval Lobão, só para dar um exemplo bem próximo.
C.E.R.S. - A nossa argumentação sobre o VOTO NULO em Teresina está disponível para quem quiser contestar nosso documento e tendo uma grande aceitação nas panfletagens, pois o boletim também denuncia o prefeito Firmino Filho (PSDB) em outra matéria, disponível em nosso blog rupturasocialista.blogspot.com .

C.E.R.S. - Sobre a sua avaliação de que somos antitrotskystas, não sabia que era o PSTU que concedia o diploma de trotskysta a quem o pleiteia.  Corremos o risco de não receber o seu “diploma”, Professor Daniel Solon. Felizmente, ele não nos serve para absolutamente nada.

C.E.R.S. - Costumamos avaliar com tranquilidade e respeito as posições políticas das outras organizações. Parabenizamos a atitude do PCB (que não apresentou candidaturas nestas eleições) e pedimos desculpas ao PSOL por não termos verificado cuidadosamente a posição oficial do partido.
Ruptura Socialista registra apoio a Romualdo Brasil do PSOL
C.E.R.S. - Porém, manteremos a posição de VOTO NULO pelos outros motivos que estão no documento e por não termos construído coletivamente nenhuma candidatura da esquerda socialista. Não concederemos “diploma’ a nunguém, mas a “nota” que atribuiremos à atitude autoproclamatória do PSTU, que inviabilizou a Frente de Esquerda Socialista nas eleições de 2016 em Teresina, bem como a todas as outras candidaturas dos partidos burgueses e seus satélites, estará registrada na urna eletrônica por nossxs militantes e simpatizantes: VEREADOR: 00000   PREFEITO: 00.
Comitê Executivo Ruptura Socialista
 


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