terça-feira, 26 de abril de 2016

Greve na UESPI mostra o caminho: É HORA DE LUTAR!

Pela revogação imediata da Lei 6772/2016 de W. Dias (PT)!

Wellington Dias(PT) ataca novamente os direitos dos servidores estaduais para beneficiar empresários financiadores de campanhas eleitorais.  O governo do Piauí, a exemplo de todos os outros, reza na cartilha da grande burguesia, que pretende atravessar o período de recessão econômica (crise) ampliando mais ainda seus lucros, à custa de mais sacrifícios da classe trabalhadora.


O Governador também descumpre a Lei federal 11.738/2008 que prevê 11,36% de reajuste do piso do magistério da educação básica. Pagou apenas 4%, ainda com atraso e promete pagar os 7,36% restantes em julho. O piso já deveria estar sendo pago desde janeiro.
Lei 6772/2016: ataque brutal de W. Dias(PT) ao serviço público estadual!
Através da Lei 6772/2016, sancionada em março, o governo estadual “congelou” vários planos de cargos, suspende promoções e progressões, além de extinguir cargos. Estarão suspensos concursos para contratação em vagas de servidores que aposentam, falecem, pedem demissão, bem como os cargos da necessária expansão dos serviços de educação e saúde, por exemplo. É uma preparação para se adequar à Lei das terceirizações, que tramita no Congresso corrupto, pois o governo visa contratar através de empresas e OSCIP's, tão combatidas hoje pelo Ministério Público Estadual, que já conseguiu suspender na justiça a contratação em atividades fins, por parte destas organizações.

Nem golpe institucional, nem estelionato eleitoral! 


Professores/as, estudantes e servidores aderem à  GREVE.
O Brasil atravessa uma grave crise política.  A Frente Popular, tendo o PT como articulador, assumiu o governo em 2003 a partir de uma correlação de forças em que os movimentos sociais e a classe trabalhadora manifestaram nas urnas um desejo de mudança, diante dos ataques das políticas neoliberais aplicadas no país a partir da década de 90.  A Campanha FORA COLLOR, que unificou a voz rouca das ruas num forte e perigoso movimento, fez, à época, com que a burguesia canalizasse a energia da insurreição para a saída institucional do impeachment, e um presidente da burguesia foi substituído por outro da mesma classe, por via indireta, sem ruptura da ordem, controlando a insatisfação popular, mantendo a estabilidade...e os lucros crescentes.
Assembleias unificadas e lotadas canalizam a indignação das categorias
Em 13 anos de governo o PT também vem cumprindo um papel nefasto para a classe trabalhadora, que não se resumiu ao estelionato eleitoral contra a própria classe. Além de trair bandeiras históricas como, por exemplo, a da reforma agrária, salário e emprego dignos, taxação de grandes fortunas e suspensão do pagamento da dívida pública; de quebra o PT ainda “manchou” a imagem de milhares de militantes dos movimentos sociais de onde se originou, se envolvendo em escândalos de corrupção desmoralizantes, rifou direitos conquistados em nome da “governabilidade” e colocou o seu governo ainda mais à direita na Crise do mensalão em 2005, ampliando cargos de PP e PMDB.
A esperança está na luta!
 O governo de colaboração de classes garantiu o crescimento dos lucros dos banqueiros e industriais, conformando o apoio de um bloco burguês e atrelou os movimentos sociais (CUT, UNE, MST e outros),oferecendo gordas subvenções que burocratizaram mais ainda as direções majoritárias dessas organizações, distribuiu as migalhas das políticas compensatórias implementadas durante o período de crescimento econômico.  Assim, grande parte da classe trabalhadora, mesmo sendo brutalmente atacada, vem acreditando que este é o seu governo.

Ao contrário de 1992, hoje existem 02 blocos burgueses disputando o poder no país e dividindo a classe trabalhadora nas manifestações multitudinárias nas ruas, sob uma suposta defesa do combate à corrupção, ambos financiados por empreiteiras e grandes empresários que alimentam essa mesma corrupção.  “Os governos são o produto da luta entre as diferentes classes e (...) a isto se deve adicionar que um governo, desde o momento em que se estabelece, pode durar muito mais tempo que a relação de forças das quais nasceu.  As revoluções, os golpes de Estado, as contra-revoluções se produzem precisamente a partir de tais contradições.” (Trotsky, 1931).  O bloco da Oposição de Direita, quer a burguesia governando sozinha, pois não precisa mais de um governo colaboracionista, pois quer ela própria dirigir sozinha o Estado que defende historicamente seus interesses.  Assim, está prestes a destituir o governo Dilma(PT) através de um GOLPE INSTITUCIONAL, que trará consequências ainda piores para a nossa classe.
Mesmo sendo contrários ao golpe, entendemos que tanto o governo Dilma, quanto o governo W. Dias são indefensáveis e ambos  pertencem a um dos blocos da mesma burguesia que continua a nos atacar, em plena crise política.
Nenhum dos blocos burgueses que disputam o poder no país representa os interesses da classe trabalhadora.
Pauta de reivindicações cresce junto com a greve

Nós, do Ruptura Socialista, atuamos na Direção e na base da ADCESP (docentes) e junto ao movimento estudantil organizado da UESPI, colaborando ativamente na construção da greve.  Reafirmamos aqui a importância de trilharmos o caminho escolhido por trabalhadores (as) e estudantes da UESPI: a esperança está na Luta!


É HORA DE CONSTRUIR A GREVE GERAL DO SERVIÇO PÚBLICO ESTADUAL! 

Movimentos sociais devem romper com o Governo e construir a Greve Geral! 

Por uma Frente Única de Esquerda


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