sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Piauí paga ao magistério o menor vencimento básico do Brasil: R$ 1586,97



Valores divulgados pelo Governo incluem regência de 40% como vencimento. O reajuste no Piauí deveria ser de 34,57% para atingir o PSPN do Magistério.


O Governo W. Dias(PT), através de seu porta voz, o Secretário de Fazenda, Francisco José Alves da Silva (vulgo Franzé), vem anunciando nos meios de comunicação que paga um vencimento básico acima do Piso Salarial Profissional do Magistério-PSPN, ou seja, R$ 2.221,76. Nada mais mentiroso do que uma meia verdade pré fabricada.


Conforme pode ser observado na tabela 2, acima, desconsiderando a regência que está somada ao vencimento, um(a) professor(a) Classe A, Nível I (Piso da carreira) percebe atualmente R$ 1586,97. Este é o menor vencimento pago como piso do magistério em todo o país. Somente aplicando 40% de regência a este vencimento básico é que se chega ao valor de R$ 2.221,76 tão propalado pelo governo como sendo o piso pago à categoria, que se encontra em GREVE desde o dia 15 de fevereiro próximo passado.

Para atingir o vencimento do PSPN previsto na Lei federal 11.738/08, conforme a tabela 3, acima, será necessário um reajuste linear de 34,57%Mantendo sua intransigência, o governo não quer negociar. 

O reajuste que vem sendo aplicado nos vencimentos de estados e municípios que já pagam o piso, o que não é o caso do Piauí, é de 11,36%. Demonstrando muita intransigência, o Governo se recusa a aplicar até mesmo esse valor defasado para o estado, mesmo aplicando à tabela oficial do governo, já somada a regência ao vencimento (Veja tabela 4). A proposta de fazer o parcelamento desse reajuste foi recusada veementemente por toda a categoria.

Categoria deverá lotar novamente o Teatro de Arena na quarta feira, 23/02.
O ex-sindicalista e hoje Governador do estado, o bancário Wellington Dias(PT) ameaça cortar pontos dos grevistas e hoje anunciou que pedirá à justiça a decretação da ilegalidade da greve. Porém, o movimento paredista está cada vez mais forte a já atinge quase 100% das escolas estaduais da capital Teresina e cresce cada vez mais no interior do estado.

O professor Joaquim Monteiro, que constrói o grupo de oposição POR UM SINTE COM LUTAS afirma: "- É o momento de ficar em Assembleia Permanente e realizar atos diariamente no centro de Teresina até que o governo retorne às negociações e atendas às reivindicações.Exigimos a nossa regência de volta e o reajuste de 34,57% linear nos vencimentos". Ele acredita que a categoria não se intimidará com as ameaças do Governador.

A categoria realizará nova Assembleia Geral na próxima quarta feira, 23 de fevereiro, a partir das 9 h, no Teatro de Arena, no centro de Teresina. Em resposta aos boatos de que o governo já haveria acertado com a Direção do SINTE um "acordo" para pagar em 02 parcelas um reajuste de 11,36%, um dos diretores afirmou que não passa de boato.


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