A Reforma da Previdência proposta por Bolsonaro e Paulo Guedes
representa um dos maiores ataques à classe trabalhadora do Brasil na história
recente. Sob o argumento de que a previdência é deficitária e que a reforma é
necessária para o Brasil crescer, Bolsonaro e Guedes querem que você trabalhe
até morrer, tornando quase impossível a aposentadoria, inviabilizando que
cheguemos à idade e o tempo de contribuição mínimos para adquirir o direito.
O rombo é uma MENTIRA!
De
acordo com o Art. 94 da Constituição Federal a Previdência faz parte da
Seguridade Social, juntamente com a Assistência Social e a Saúde. As receitas
são pagas por toda a sociedade: 1. Empresas contribuem sobre o lucro (CSLL) e
sobre a folha de salários (INSS), 2. Trabalhadores contribuem sobre o salário
(INSS); 3. A sociedade contribui sobre tudo que compra (COFINS); 4.
Contribuições sobre produção rural, importação, jogos de loteria, PIS, PASEP,
outras.
Fazendo a conta corretamente ainda vai SOBRAR muito dinheiro, mesmo
após pagar todas as aposentadorias. A questão é que o trabalhador tem a
contribuição descontada direto no contracheque, porém, segundo o relatório
final da CPI da Previdência, apresentado em outubro de 2017, as empresas privadas DEVEM R$ 450 bilhões à
Previdência, ou seja, mais do que o dobro do que eles chamam de Déficit. Portanto, o déficit da Previdência é Fake News!
Querem roubar o Brasil!
Banqueiros estão de olho no dinheiro da nossa aposentadoria!
8M - Mulheres luta contra a reforma e o machismo. |
Segundo a Associação Nacional dos Fiscais da Presidência (ANFIP) o
superávit da Seguridade Social tem sido enorme e, até 2015 as sobras de
recursos foram de R$ 76,1 bilhões em 2011; R$ 82,8 bilhões em 2012; R$ 76,4
bilhões em 2013; R$ 55,7 bilhões em 2014; e R$11,7 bilhões em 2015.
Em 2016 o próprio governo concedeu desonerações exageradas e errou
na política monetária, produziu 13 milhões de desempregados e jogou 37 milhões
de pessoas na informalidade reduzindo drasticamente a arrecadação ao INSS. Além
disso, a
Desvinculação de Receitas da União (DRU), desde 1994 desvia recursos que sobram
na Seguridade Social.
O Ministro Paulo Guedes,
fundador do Banco Pactual e acusado de fraude na Bolsa de Valores é o autor
desse modelo de capitalização, que visa favorecer ao mercado financeiro
(Bancos), através dos planos de previdência privada. Os
bancos privados querem o dinheiro da nossa aposentadoria para especular no
mercado financeiro, fazer o dinheiro “render”, ficando com parte dos
rendimentos e uma tarifa de administração. Os lucros serão bilionários e
diários!
No Chile, onde esse modelo foi implantado na década de 70, existe um
elevado número de suicídios de idosos, pois as pessoas ficam desesperadas ao se
aposentarem com salários que chegam a ser 40% do valor que recebiam. O
benefício não dá nem para as necessidades básicas como saúde e alimentação.
Reforma Guedes/Bolsonaro é forma velada de violência contra a mulher
Além de trazer embutida
uma reforma trabalhista, acabando com o pagamento dos 40% do FGTS e desobrigando
o patrão a pagar esse valor ao trabalhador que se aposentar, está explícito que
as mulheres serão
as mais prejudicadas com a reforma. As triplas jornadas de trabalho, os salários
mais baixos e a necessidade de interromper o trabalho, perdendo tempo de contribuição ocasionariam
mais dificuldades para se aposentar.
A desvinculação do Benefício de
Prestação Continuada (BPC) do salário mínimo e o aumento da idade mínima para
ser beneficiária torna esta Reforma ainda mais perversa. A idade
mínima de 62 anos e tempo mínimo de contribuição de 20 anos daria o direito a
requerer a aposentadoria, mas receberiam menos do quem está na ativa. Como a idade
mínima exigida pode aumentar a cada 04 anos caso a expectativa de vida da
população. O salário integral só viria com 40 anos de
contribuição.
Professoras e trabalhadoras rurais serão as mais prejudicadas
Com as trabalhadoras rurais a
Reforma Guedes/Bolsonaro chega a ser criminosa, prevê idade mínima de sessenta
anos para homens e mulheres e exige um tempo mínimo de contribuição de 20 anos.
Porém, as trabalhadores rurais desempenham atividades sazonais impossibilitando
uma contribuição contínua e, quando não vendem a produção não têm como
contribuir.
As professoras terão que trabalhar 10 anos a mais, caso a Reforma
seja aprovada, sendo 05 anos por conta do fim da aposentadoria especial e mais
05 anos pelo fim do respeito à tripla jornada que hoje garante a redução do
tempo de serviço em relação aos homens.
As mulheres são vanguarda do calendário de lutas das Centrais
Sindicais, que prevê:
# Abaixo assinado Contra a Reforma
#
Pressão nos deputados e senadores para votarem CONTRA a Reforma
# Ato Nacional Unificado no dia 1º de Maio –
Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores – Contra a reforma da Previdência e o
desemprego.
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