sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

MOVIMENTOS SOCIAIS LUTAM CONTRA O AUMENTO



Luta contra o aumento da passagem em 2019 já começou!

Movimentos estudantil, sindical e popular marcam reunião

para dia 03 de janeiro para organizar as manifestações.

Estudantes impedidas(os) de entrar na reunião do Conselho

 Nesta quinta feira (27), dezenas de militantes dos movimentos sociais realizaram um ato público em frente à sede da STRANS e tentaram a votação do aumento das passagens de ônibus em Teresina. No local estava reunido o Conselho Municipal de Transporte, criado pelo Prefeito Firmino Filho (PSDB) para aprovar anualmente o aumento das passagens e evitar o desgaste da Câmara de Vereadores e do Palácio da Cidade e garantir o aumento crescente dos lucros dos empresários do SETUT (Sindicatos de Empresas de Transporte Urbano de Teresina).

 O Conselho é composto, majoritariamente, por assessores e seguidores do Prefeito. Neste ano, até a participação minoritária do movimento estudantil foi excluída, sob a desculpa esfarrapada de que as substituições não foram enviadas a tempo.


Sem nenhuma planilha apresentada publicamente, e contrariando uma Notificação Recomendatória do Ministério Público Estadual o conselho de fachada “aprovou”, sem nenhuma discussão séria com a sociedade, o reajuste de (PASMEM!) 11,73% de aumento nas passagens do transporte coletivo urbano de Teresina. O MP recomendou que não haja NENHUM AUMENTO, pois será ilegal!
Para exigir que o Prefeito atenda à recomendação do Ministério Público e impedir que Firmino(PSDB) sancione este aumento absurdo, representantes de movimentos sociais irão se reunir no dia 03 de janeiro de 2019, das 17:00 às 19:30 h, na sede do SINDSERM, para organizar as manifestações que impedirão que o Prefeito Firmino Filho(PSDB) cometa  mais uma ilegalidade que prejudica a população.

SINDMAPI (Motoristas por Aplicativos) fortaleceu o Ato contra o aumento
 Serão convidadas para a reunião todas as organizações e indivíduos que queiram lutar contra mais uma arbitrariedade do Prefeito de Teresina e se organizar para lutar contra os ataques que ainda virão! Participe! Hoje a luta é sua! Hoje a luta é nossa!







domingo, 23 de dezembro de 2018

II Marcha da Periferia de Teresina


Coluna da Organização Pró-Ruptura Socialista na II Marcha da Periferia de Teresina (14/12/2018)
Com a proposta de denunciar o modo como as autoridades teresinenses tratam a população mais empobrecida da cidade, a II Marcha da Periferia de Teresina, começou a ser planejada no início do mês de novembro ainda sob os efeitos da derrota histórica da democracia nas eleições presidenciais de 2019, com a vitória do neofascista Jair Bolsonaro (PSL). A primeira reunião da coordenação da II Marcha da Periferia de Teresina foi realizada no Espaço Esperança Garcia, centro de Teresina e que contou com participação de diversas entidades e movimentos sociais, dentro os quais o SINDSERM e a organização política Pró-Ruptura Socialista. Mas logo viu-se a necessidade de descentralizar e ir às periferias, assim as outras ficaram agendadas para a região do Rabo da Cobra (Mafrense). A região do Lagoas do Norte foi a escolhida, a Marcha saiu as 17 horas do terminal da integração que fica localizado no Bairro São Joaquim e foi até a praça do bairro Mafrense, passando pela comunidade Rabo da Cobra.

O presidente eleito promete endurecer os ataques iniciados pelo presidente interventor Michel Temer (MDB) a classe trabalhadora. Radicalizar mais ainda as consequências da terceirização irrestrita e da flexibilização das leis trabalhistas aprovadas no ano passado. Alinhado com a extrema direita em todo mundo, Bolsonaro, promete combater todo ativismo contra as opressões, combater movimentos LGBTQ e Feminista, ameaça acabar com reservas indígenas e quilombolas.  Seu discurso fascista fala em endurecer as leis para “combater o crime”, o que podemos traduzir na prática em criminalização de todos os movimentos que considera oposição e combate-los usando a polícia e a truculência. Na periferia, esse discurso resulta em mais mortes da juventude negra, tida estruturalmente como “potencial suspeita”.  Seus assessores falam em polícia atirar para matar, o que já acontece, mas agora com bênçãos da justiça e do executivo. 

Em Teresina, o prefeito Firmino Filho (PSDB) segue com sua política de privilegiar as classes mais abastadas da cidade. Todas as políticas do prefeito tucano visam beneficiar grupos empresariais dos mais diversos setores: O combate ao comércio ambulante beneficia os empresários do setor lojista; O sucateamento de escolas, hospitais e postos de saúde beneficiam a iniciativa privada da educação e da saúde; Nos transportes públicos, uma “parceria” criminosa com o SETUT faz vistas grossas para um serviço de transporte público de péssima qualidade com ônibus velhos, sem manutenção e alguns até com placas irregulares.

Teresina é hoje uma cidade que expulsa sua população negra para mais e mais longe do Centro e para lugares cada vez mais de difícil acesso, sem proporcionar a ela condições mínimas de moradia. A especulação imobiliária em nossa capital é cada vez mais agressiva. Nos locais em que ainda há população negra e empobrecida residindo próximo de regiões "nobres",  são implementadas táticas de gentrificação, através da retirada de aparelhos de serviços públicos como saúde e educação e são fechados postos de saúdes, creches e escolas e encarecimento dos serviços. Esse processo de “higienização” e eugenia, pretende que a cidade venha a parecer cada vez mais “branca e higiênica”. Nesse contexto surgiu a necessidade de as reuniões serem feitas em locais onde a resistência negrada da periferia está mais atuante. A comunidade Rabo da Cobra, na região do projeto Lagoas do Norte, foi escolhida por haver uma resistência a uma desocupação por parte da prefeitura de Teresina que pretende tirar as comunidades da região das Olarias, na zona Norte, para mandar os atuais moradores para bairros distantes e sem estrutura e saneamento básico.

 
 
Para o ano de 2019, ficou o compromisso de manter a mobilização e iniciar logo cedo os novos encontros. A proposta é que a Marcha da Periferia possa acontecer em vários pontos da cidade durante o ano para uma culminância em novembro de 2019. Podendo assim todas as periferias da cidade ser contempladas e mobilizar o máximo possível toda a negrada da cidade para que possamos nos defender dos ataques quer virão a partir do próximo período com o presidente Bolsonaro (PSL) prometendo combater todos os ativismos e aumentar a repressão nas periferias.




sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Manifesto Eleitoral




Um pouco da história recente
orienta o voto da gente...


O Brasil jamais teve um governo de esquerda. A direita nunca saiu do poder. 

Em 2003, Lula (PT) iniciou um período de 13 anos de governo colaboracionista de classes, fortalecendo o frente populismo centrista no Brasil. Era um período de crescimento econômico do Capitalismo mundial, o que permitia fazer concessões importantes à classe trabalhadora do país e, ainda assim, continuar destinando a maior parte da riqueza produzida, para os banqueiros e outros grandes empresários. Assim, em 08 anos de governo, a popularidade de Lula se consolidou de maneira ímpar.
A direção majoritária do PT e Lula, jamais foram socialistas. A degeneração burocrática, iniciada nas relações de micro poder nos sindicatos levou à corrupção de inúmeras lideranças surgidas dos movimentos sociais e passaram a ocupar cargos nos parlamentos e governos municipais, estaduais e federal. As organizações socialistas que existiam dentro do PT foram expulsas ou saíram a partir da década de 90, à medida que o partido passou a ser dominado por notáveis, financiados por empresários e perdeu o caráter classista da sua origem, hoje mantido apenas no nome do partido. 
Em 2005, para evitar o impeachment defendido pelo PSDB na crise do mensalão, Lula ampliou mais ainda o poder da direita no seu governo, em especial do PP e PMDB. Em 2016, Dilma não teve a mesma “habilidade” em negociar com seus parceiros da direita no governo. Sem nenhum constrangimento, a direita, “com o Supremo, com tudo” promoveu uma ruptura democrática com a formalidade burguesa, golpeando e substituindo cirurgicamente o “estado democrático de direito” pelo “estado autocrático de direita do Interventor Michel Temer(MDB). 
A crise cíclica mundial do Capitalismo, acentuada a partir de 2008 com o estouro da bolha imobiliária norte americana, foi denominada “marolinha” por Lula. A direita brasileira pretendia descartar os colaboracionistas do PT e governar sozinha novamente. No entanto, Aécio Neves (PSDB) foi derrotado por Dilma (PT), cujo partido já dominava as regras do jogo sujo eleitoral. Com um golpe militar a direita poderia descartar o PT do governo, mas não havia base social para um ataque frontal à democracia. Seria necessária uma intervenção muito bem executada. E é o que está ocorrendo...

Da vitória das lutas ao controle das redes sociais


Logo do Fórum Estadual em Defesa dos Transporte Público
Em 2011, os movimentos estudantil e sindical em Teresina vivenciaram a maior e mais vitoriosa mobilização social organizada da sua história. Com reuniões sistemáticas de avaliação e planejamento no SINDSERM Teresina, foi possível catalisar um movimento unitário de dezenas de organizações que levaram 30 mil pessoas às ruas e fazer baixar o preço da passagem de ônibus para R$ 1,90.  Em 02 de setembro daquele ano, na Praça da Liberdade, o #ContraoAumentoThe2011 comemorou a vitória com a palavra de ordem: - “Mãos ao alto! R$ 2,10 é um assalto! 
 As redes sociais repercutiram por todo o país o que ocorreu em Teresina. As imagens do #ContraoAumentoThe2011 tiveram alcance mundial e, como um rastilho de pólvora, infl uenciaram movimentos em todo o Brasil, culminando com as Jornadas de Junho em 2013.  
As vitórias dos movimentos sociais organizados, a exemplo do que ocorreu em Teresina em 2011, na preocupação com a instabilidade provocada pelas mobilizações convocadas virtualmente em todo o país, com a influência que as redes sociais passaram a ter nas mobilizações em todo o mundo geraram a necessidade da intervenção e controle do que circula na internet. Quem utiliza as redes sociais há algum tempo já percebeu a mudança. Isso foi e vem sendo implementado pela grande burguesia internacional, num esforço concentrado que permite apenas à direita (empresários) impulsionar informações e ter grande influência nas redes sociais, que antes eram mais “democráticas”.

Da onda reacionária ao extremismo neonazista


A direita reacionária disputou a direção do movimento nas ruas e venceu, gerando capital político para derrubar o governo eleito do PT utilizando o surrado mote do combate à corrupção e a atuação seletiva da “operação lava jato” e seu “paladino” da justiça, Sérgio Moro. 
A organização norte americana Atlas Network, que tem uma rede internacional de centros de pensamento (thinks tanks) que no Brasil reúne o MBL, o Instituto Mises, Instituto Liberal e o Instituto Millenium (ao qual pertence Paulo Guedes, mentor de Bolsonaro) foram os grandes impulsionadores do impeachment de Dilma. A gravação vazada de Romero Jucá revelou o plano articulado com a intimidação por setores das Forças Armadas, o vice-presidente informante da C.I.A., e a votação no congresso mais corrupto da história do país, “com o Supremo com tudo”. A participação Rede Globo foi fundamental para a ruptura democrática e ao interventor Michel Temer (MDB), coube a tarefa de aprovar as medidas impopular de retirada de direitos históricos da nossa classe, antes de consagrar nas urnas um governo de direita “pura” em outubro deste ano.

Por que votamos NULO em 2016 e não votaremos NULO em 2018

A Organização pró Ruptura Socialista, radicada e organizada no Piauí há 03 anos, propôs em 2016 a construção de uma FRENTE DE ESQUERDA SOCIALISTA, para atuar nas lutas e nas eleições. Lançamos um manifesto convocando PSOL, PCB, PSTU e organizações que tem alguma relação com as lutas da classe trabalhadora, para uma atuação unitária contra a onda reacionária que se manifestava cada vez com mais força, ludibriando parcelas significativas da nossa classe. Porém, ao chegar o processo eleitoral em 2016, cada partido lançou sua própria candidatura, visando unicamente a autoconstrução, o que não nos interessava, uma vez que não pertencemos a nenhuma agremiação partidária com registro eleitoral. Fracassada a tentativa de unificar aesquerda socialista, a alternativa que nos restou nas eleições municipais foi fazer um chamado ao Voto Nulo, denunciando o estelionato eleitoral dos partidos burgueses e centristas, bem como a incapacidade de unificação da esquerda socialista. Após as eleições fizemos um esforço de construção do Bloco de Esquerda Socialista, inicialmente com grupos internos do PSOL (Rua, Insurgência e MAIS- hoje Resistência) e o PCB, no intuito de consolidar um FRENTE DE ESQUERDA SOCIALISTA para atuar nas lutas e nas eleições. Fizemos um chamado público ao PSTU, que saíra recentemente de um “racha” nacional em que perdeu praticamente a metade de sua militância. Desta forma, aquela organização fez um giro para dentro, com uma caracterização de que não havia um avanço reacionário em curso e adotou a agitação de objetivos estratégicos da revolução socialista como se fossem um programa de transição, na explícita intenção de agregar em torno da diferenciação sectária em vez de construir a unidade necessária.

A Frente não se materializou, mas o Bloco de Esquerda em Teresina se manteve unificado nas lutas, embora ainda com muitas debilidades. Em respeito a esse esforço realizado por PSOL e PCB na construção de Frentes de Esquerda Socialista em todo o Brasil, e diante da ameaça crescente do fascismo que se organiza no país, decidimos, após ampla discussão interna, apoiar candidaturas do Bloco que mantenham o princípio da independência de classe (sem financiamento de empresários), bem como a sintonia entre o discurso (teoria) e a prática, refletida na participação nas lutas contra a exploração e a opressão.

Um chamado ao voto em candidaturas do Bloco de Esquerda Socialista
 Embora não tivéssemos a intenção de lançar nenhuma candidatura da nossa organização, agradecemos aos conviterealizados por lideranças do PSOL e PCB que nos ofereceram legenda para concorrer neste pleito. Entretanto, avaliamos que temos uma tarefa organizativa que precede à participação eleitoral de nossas figuras públicas. Porém, como não nos consideramos os únicos revolucionários, não temos dificuldade em apoiar candidaturas de camaradas de outras organizações, com reconhecida trajetória no lado de cá da trincheira da luta de classes. A militância da organização Ruptura Socialista fará sua própria campanha, com material da própria organização, ressaltando o que há de unidade programática com os partidos do Bloco de Esquerda. Para Presidente, apoiaremos as candidaturas do Bloco de Esquerda Socialista, Boulos e Sonia Guajajara, PSOL(nº 50). Também estaremos engajados na campanha de Sueli Rodrigues, PSOL (nº 50) ao Governo do Estado do Piauí. O camarada Fausto Ripardo, professor da rede estadual, do PCB (nº 211) é o único candidato ao Senado que apoiaremos, devido à inexistência de outra candidatura que se enquadre nos critérios que estabelecemos. Portanto, o outro voto ao Senado será NULO (nº 000). Para deputada federal apoiaremos Madalena Nunes, servidora pública federal, do PSOL (nº 5051), e para deputada estadual Luciana Monteiro, PSOL(nº 50500).
  No Maranhão e Ceará, nas estruturas dos movimentos sociais em que temos atuação, estaremos apoiando as candidaturas de lutadorxs do Bloco de Esquerda Socialista, como a do camarada Noleto, (nº 50789) do PSOL de São Luís.
 


  • NEM GOLPE INSTITUCIONAL, NEM ESTELIONATO ELEITORAL! 
  • UNIR A ESQUERDA SOCIALISTA, NAS LUTAS E NAS ELEIÇÕES E CONSTRUIR A GREVE GERAL! 


CONTATOS: Daniele Brito - 9 9987-0029 | Sinésio Soares - 9 9929-0174 | Thiago Sousa - 9 9944-4338






Veja também:

II Marcha da Periferia de Teresina

Coluna da Organização Pró-Ruptura Socialista na II Marcha da Periferia de Teresina (14/12/2018) Com a proposta de denunciar o modo c...