Coletivo Sindical e Popular TRAVESSIA vence eleição do SINDSERM THE com 81,06% dos votos para a Chapa 1

Servidoras fazem travessia de enxurrada para votar na Chapa 1 PRA LUTA CONTINUAR

  

     A eleição da primeira Diretoria Colegiada e Conselho Fiscal do SINDSERM THE, ocorrida na quarta feira (19/02) foi a primeira vitória do Coletivo Sindical e Popular TRAVESSIA (veja mais em http://rupturasocialista.blogspot.com/2020/01/um-chamado-travessia-unificar-as-lutas.html), fundado em São Paulo em dezembro do ano passado. O Coletivo, representado pela Chapa 1, agrega organizações que se comprometem com o combate ao avanço burocrático que se desenvolve nos sindicatos e nas organizações da nossa classe, fortalecendo o trabalho de base presencial, evitando personalismos, respeitando o espaço dos coletivos e organizações e formando quadros que possam assumir postos de representação.  

          

      A Chapa 1 PRA LUTA CONTINUAR (Ruptura Socialista e Independentes) contou com a solidariedade da Unidade Popular (UP), PCB, Coletivo AFRONTE, Coletivo RUA, Movimento Correnteza, Resistência/PSOL e várias(os) outras(os) ativistas que constroem as lutas através do FÓRUM PELOS DIREITOS e LIBERDADES DEMOCRÁTICAS. Foram computados 715 votos para a Chapa 1 (81,06% dos votos válidos).

         

Cartaz original da Chapa 1 PRA LUTA CONTINUAR

A Chapa 2 SERVIDORES EM LUTA FORA BOLSONARO foi composta pelo PCO e independentes e teve o apoio público de militantes do PSTU,  da Articulação/PT e da Juventude da Articulação de Esquerda(PT). A Chapa 2 obteve 167 votos (19,94% dos votos válidos) Foram registrados 49 votos nulos (a maioria por falta de comprovação de filiação no voto em separado) e 06 votos em branco.

O PSDB que montou chapa nas últimas 04 eleições, preferiu não desgastar seu virtual candidato a Prefeito na eleição do SINDSERM, sabendo que não conseguiria derrotar o forte trabalho de base da atual gestão do SINDSERM.

 

 O PSTU, que dirigiu o SINDSERM de 2011 a 2016 e perdeu a eleição para a gestão atual (Ruptura Socialista) não conseguiu arregimentar 26 servidores para compor uma chapa.  Lançou um documento dizendo não apoiar nenhuma das chapas (sem defender o voto nulo), mas suas figuras públicas na categoria defenderam abertamente o voto na Chapa do PCO nas redes sociais (imagem logo abaixo), em que 04 militantes Júnior Vieira, José Neto e a ex-presidenta do SINDSERM Letícia Campos declaram apoio à Chapa do PCO e tem a curtida de Patrícia Andrade, figura pública da CSP CONLUTAS no Piauí. Além disso, a base da categoria enviou um áudio de Diego (militante  que fala pelo PSTU hoje na categoria) no Centro de Formação da PMT (que reúne profissionais de vários locais de trabalho) atacando a gestão atual de maneira bastante "neutra".

Militantes do PSTU declaram apoio à Chapa do PCO

 Vários fatores prejudicaram a participação de uma das categorias mais combativas do Estado do Piauí. A Secretaria Municipal de Educação realizou Formação no dia da eleição, direções de 03 escolas dificultaram a instalação das mesas coletoras, chefes impediam servidores de sair para votar e, para completar o quadro, uma grande enxurrada caiu sobre Teresina exatamente no final da tarde quando encerra o expediente e maioria sairia para votar. Vários locais de trabalho ficaram em situação semelhante à do vídeo abaixo que, mesmo assim não impediu algumas servidoras de encontrar uma maneira de chegar até a urna, para votar na Chapa 1.

    Além da Diretoria Colegiada a Direção atual propôs e foi aprovado no congresso da categoria uma mudança estatutária que prevê ajuda financeira para todas as chapas inscrita. A Assembleia Geral aprovou a quantia de 20 mil reais para dividir entre as chapas inscritas financiarem suas campanhas. Como foram somente duas chapas, cada uma teve direito a 10 mil reais, em 04 parcelas, liberadas após prestação de contas de cada uma. A formação das mesas receptoras foi realizada de maneira rigorosamente paritária, em que cada chapa teve o direito de indicar 54 mesários(as). A Comissão Eleitoral teve 03 membros eleitos em Assembleia e 01 membro indicado por cada chapa, sendo que todos os membros tiveram igual poder de voto em todas as decisões.

 

Convocando mesários(as) das duas chapas

      A desburocratização do sindicato iniciou em 2017, quando a atual direção recebeu o sindicato com 130 mil reais bloqueados pela justiça, por falta de pagamento de encargos dos funcionários. Ao final da gestão o SINDSERM divulgou na Assembleia de Prestação de Contas de que estaria entregando para a próxima gestão um saldo de 627 mil reais em caixa, além da sede reformada, dois veículos marca Doblô e Duas Hilux para garantir a mobilização.

Entrega das urnas, mapas e cabines de votação

    A solenidade de posse da primeira Diretoria Colegiada e Conselho Fiscal do Sindicato das(os) Servidoras(es) Públicas(os) Municipais de Teresina para o triênio 2020/2023 ocorrerá no próximo dia 27 de fevereiro. A comemoração ainda não tem data marcada...

Abaixo registros fotográficos da ASCOM/SINDSERM, divulgados nas mídias do sndicato:

Chapa 1 teve maioria de mesários(as) em 18 urnas

 

Chapa 2 teve maioria de mesários(as) em 18 urnas

Devolução das urnas no Sindicato dos Bancários

Apuração transmitida, on line, pela ASCOM/SINDSERM

Telão na parte externa do auditório projetando transmissão ao vivo

SINDSERM elege sua primeira Direção Colegiada e democratiza regras da eleição do sindicato

Nesta quarta feira, 19 de fevereiro, das 8 às 20 h, o SINDSERM realiza uma eleição histórica: Após 30 anos de sua fundação, a entidade elegerá sua primeira Direção Colegiada. Além disso, o processo eleitoral é caracterizado pela transparência e igualdade de condições entre as chapas concorrentes, no que se refere às decisões do processo eleitoral. O esforço da Comissão Eleitoral e as modificações deliberadas no Congresso da categoria têm a expressa intenção de fazer valer a vontade da categoria. Algumas medidas importantes foram tomadas neste sentido:

 

   1.    Três membros da Comissão Eleitoral eleitos em Assembleia Geral, convocada amplamente nas mídias do SINDSERM (Facebook, Instagram, site, blog, cartazes e Jornal impresso) bem como através de edital publicado em Jornal de Grande circulação.

  2.   Categoria aprovou em Assembleia Geral a destinação de 10 mil reais para cada chapa, pagos em 04 parcelas de R$ 2500,00, sendo que cada parcela é liberada com a prestação de contas da parcela anterior, com notas e recibos.

  3.    Cada chapa inscrita tem direito a um(a) representante na Comissão Eleitoral, com direito a voto em todas as deliberações da mesma.

  4.     A lista de filiados(as) aptos(as) a votar é entregue a cada chapa logo após a homologação pela Comissão Eleitoral.

  5.       Nas 36 urnas, das quais 05 são itinerantes e 31 são fixas, cada chapa tem direito a indicar 02 mesários(as) em 18 urnas e 01 mesário(a) nas outras 18. A Chapa indica a presidência da Urna/Seção onde estiver em maioria na mesa. A escolha das urnas onde cada chapa terá maioria na mesa coletora é realizada por sorteio.

  6.   Também nas mesas apuradoras cada chapa tem direito a indicar um componente e 1 fiscal.

Preparação de mesários(as) indicados pelas chapas inscritas

   6.       Todos(as) os(as) servidores(as) que se filiaram até 03 meses antes da eleição, ou seja, 19 de novembro de 2019, têm direito a voto, mesmo que a Prefeitura se recuse a implantar o desconto no contracheque. Para validar essa filiação junto à Comissão Eleitoral será necessário comprovar antecipadamente com o comprovante de filiação fornecido pelo SINDSERM e o ofício protocolado pela entidade junto à Prefeitura com data até 19 de novembro de 2019. 

  7.       Todos os atos da Comissão Eleitoral são publicados nas mídias do sindicato e a apuração será transmitida pelas redes sociais

A atual Direção do SINDSERM está representada na eleição pela Chapa 1 PRA LUTA CONTINUAR, composta por militantes da Organização Ruptura Socialista e independentes, que reivindicam nacionalmente o Coletivo Sindical e Popular TRAVESSIA e contam com o apoio logístico do Resistência/PSOL, da Unidade Popular(UP), PCB, Coletivo AFRONTE e vários ativistas de entidades que a constroem as lutas através do FÓRUM PELOS DIREITOS E LIBERDADES DEMOCRÁTICAS.

A Chapa 2 SERVIDORES EM LUTA FORA BOLSONARO é composta pelo PCO e independentes e tem o apoio público de militantes do PSTU e da Articulação/PT. O PSTU ainda tentou compor chapa, mas não conseguiu arregimentar 26 servidores(as) municipais dispostos a participar do pleito ao lado da sigla. 

Da maneira como está sendo realizado o processo eleitoral, o SINDSERM dá um salto qualitativo no combate à burocratização sindical e certamente sofrerá difamação e calúnias de organizações sectárias e oportunistas de organizações degeneradas. Será uma boa oportunidade para testar a solidez do processo de desburocratização iniciado em 2017.