sábado, 28 de setembro de 2019

UNIFICAR AS LUTAS PARA DERROTAR O NEOFASCISMO NAS RUAS!



CONSTRUIR A UNIDADE NECESSÁRIA PARA SUPERAR A SITUAÇÃO REACIONÁRIA






       As crises cíclicas do Capitalismo em que o dinheiro quase não circula, o crédito desaparece, as empresas fecham, o custo de vida aumenta e se vê falências, insolvências e liquidações a todo momento fazem parte da lógica do funcionamento deste sistema, onde a produção é social e a apropriação dos produtos é individual. A crise atual do capitalismo mundial, iniciada em 2008 com o estouro da bolha imobiliária dos EUA, vem provocando enormes dificuldades para a reprodução do capital, tanto no mercado financeiro (capital especulativo) quanto em relação ao esgotamento dos recursos naturais necessários à produção de mercadorias e à queda constante do consumo.


 O governo Bolsonaro é o resultado da situação política aberta com a consolidação do Golpe Institucional em 2016 a serviço do capital financeiro internacional para demolir direitos econômicos, políticos e sociais acumulados nas últimas décadas pelas lutas da classe trabalhadora brasileira. Essa ruptura democrática, mantida nos marcos da democracia burguesa, comprova que não é necessário mudar o regime para se aplicar um golpe. Num regime presidencialista, o impeachment não se justifica tão facilmente. O governo golpista de Temer alavancou o projeto do capital financeiro: aprovou a Reforma Trabalhista, a Lei das Terceirizações e a PEC do Teto dos Gastos, medidas que representam os interesses dos distintos setores da burguesia, financiadores do golpe.
Fórum Pelos Direitos e Liberdades Democráticas e Pastorais Sociais da Igreja Católica em defesa da soberania
       A necessidade de manter a taxa de lucros no Período de crise econômica provoca nas superpotências a adoção de políticas de super exploração da classe trabalhadora dos países sob seu jugo. Os governos de Frente Popular e/ou populistas da América Latina, por exemplo, foram destituídos através da manipulação científica da opinião pública e intervenções muito bem planejadas e executadas no Brasil, na Argentina, no Paraguai, em Honduras, no Equador, no Chile e em El Salvador. 
 
Manifestação no Grito dos(as) Excluídos(as) interrompendo o desfile de 07 de setembro

       Na Venezuela, por exemplo, o governo norte americano vem tentando de maneira insana e incessante, depor o governo eleito do país vizinho. As tentativas têm sido frustradas, mas é explícita a intenção do governo Trump e seus aliados, de se apossarem das riquezas naturais, acabar com as mobilizações populares e submeter o país vizinho aos seus interesses, que são os mesmos de toda a burguesia internacional. O triunfo de Trump e seus aliados na intervenção na Venezuela, se consolidado, fortaleceria os governos neoliberais e de extrema-direita na América Latina, em especial o governo Bolsonaro, abrindo caminho para que as forças reacionárias e imperialistas avancem nos ataques à classe trabalhadora, e à perseguição sistemática às minorias, aos negros, aos imigrantes, as mulheres, aos LGBTQI+.

         No mesmo sentido, os primeiros meses após a vitória do neofascista Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições presidenciais já evidenciavam a agenda de retrocessos que enfrentamos, no terreno econômico, dos direitos sociais e das liberdades democráticas. Estamos passando no Brasil por uma situação reacionária e as lutas defensivas são imprescindíveis. Para responder aos desafios que o projeto deste governo impõe à classe trabalhadora precisamos colocar toda nossa energia para fortalecer a frente única das organizações da nossa classe para defender direitos sociais e as condições de vida das ameaças e retrocessos , bem como para construir a unidade na ação com os setores políticos e sociais que combatam os ataques e as restrições às liberdades democráticas ainda existentes buscando criar condições para a derrota, nas ruas, deste governo inimigo da nossa classe.

A principal iniciativa de unificação das lutas sindicais, populares e de juventude vem sendo o Fórum Pelos Direitos e Liberdades Democráticas, promovendo amplas mobilizações e cujos próximos desafios já programados são a Greve Nacional de 48 horas na Educação, nos dias 02 e 03 de outubro e apoio à construção da  Marcha da Periferia em novembro.
 




 



      

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