quinta-feira, 4 de abril de 2019

Reforma da Previdência quer tirar dos pobres para dar aos ricos!



A Reforma da Previdência proposta por Bolsonaro e Paulo Guedes representa um dos maiores ataques à classe trabalhadora do Brasil na história recente. Sob o argumento de que a previdência é deficitária e que a reforma é necessária para o Brasil crescer, Bolsonaro e Guedes querem que você trabalhe até morrer, tornando quase impossível a aposentadoria, inviabilizando que cheguemos à idade e o tempo de contribuição mínimos para adquirir o direito.

O rombo é uma MENTIRA!


De acordo com o Art. 94 da Constituição Federal a Previdência faz parte da Seguridade Social, juntamente com a Assistência Social e a Saúde. As receitas são pagas por toda a sociedade: 1. Empresas contribuem sobre o lucro (CSLL) e sobre a folha de salários (INSS), 2. Trabalhadores contribuem sobre o salário (INSS); 3. A sociedade contribui sobre tudo que compra (COFINS); 4. Contribuições sobre produção rural, importação, jogos de loteria, PIS, PASEP, outras.


Fazendo a conta corretamente ainda vai SOBRAR muito dinheiro, mesmo após pagar todas as aposentadorias. A questão é que o trabalhador tem a contribuição descontada direto no contracheque, porém, segundo o relatório final da CPI da Previdência, apresentado em outubro de 2017, as empresas privadas DEVEM R$ 450 bilhões à Previdência, ou seja, mais do que o dobro do que eles chamam de Déficit. Portanto, o déficit da Previdência é Fake News! Querem roubar o Brasil!

Banqueiros estão de olho no dinheiro da nossa aposentadoria!


8M - Mulheres luta contra a reforma e o machismo.
Segundo a Associação Nacional dos Fiscais da Presidência (ANFIP) o superávit da Seguridade Social tem sido enorme e, até 2015 as sobras de recursos foram de R$ 76,1 bilhões em 2011; R$ 82,8 bilhões em 2012; R$ 76,4 bilhões em 2013; R$ 55,7 bilhões em 2014; e R$11,7 bilhões em 2015.

Em 2016 o próprio governo concedeu desonerações exageradas e errou na política monetária, produziu 13 milhões de desempregados e jogou 37 milhões de pessoas na informalidade reduzindo drasticamente a arrecadação ao INSS. Além disso, a Desvinculação de Receitas da União (DRU), desde 1994 desvia recursos que sobram na Seguridade Social.

O Ministro Paulo Guedes, fundador do Banco Pactual e acusado de fraude na Bolsa de Valores é o autor desse modelo de capitalização, que visa favorecer ao mercado financeiro (Bancos), através dos planos de previdência privada. Os bancos privados querem o dinheiro da nossa aposentadoria para especular no mercado financeiro, fazer o dinheiro “render”, ficando com parte dos rendimentos e uma tarifa de administração. Os lucros serão bilionários e diários!

No Chile, onde esse modelo foi implantado na década de 70, existe um elevado número de suicídios de idosos, pois as pessoas ficam desesperadas ao se aposentarem com salários que chegam a ser 40% do valor que recebiam. O benefício não dá nem para as necessidades básicas como saúde e alimentação.


Reforma Guedes/Bolsonaro é forma velada de violência contra a mulher



Além de trazer embutida uma reforma trabalhista, acabando com o pagamento dos 40% do FGTS e desobrigando o patrão a pagar esse valor ao trabalhador que se aposentar, está explícito que as mulheres serão as mais prejudicadas com a reforma. As triplas jornadas de trabalho, os salários mais baixos e a necessidade de interromper o trabalho, perdendo tempo de contribuição ocasionariam mais dificuldades para se aposentar.  

A desvinculação do Benefício de Prestação Continuada (BPC) do salário mínimo e o aumento da idade mínima para ser beneficiária torna esta Reforma ainda mais perversa. A idade mínima de 62 anos e tempo mínimo de contribuição de 20 anos daria o direito a requerer a aposentadoria, mas receberiam menos do quem está na ativa. Como a idade mínima exigida pode aumentar a cada 04 anos caso a expectativa de vida da população. O salário integral só viria com 40 anos de contribuição.

Professoras e trabalhadoras rurais serão as mais prejudicadas


Com as trabalhadoras rurais a Reforma Guedes/Bolsonaro chega a ser criminosa, prevê idade mínima de sessenta anos para homens e mulheres e exige um tempo mínimo de contribuição de 20 anos. Porém, as trabalhadores rurais desempenham atividades sazonais impossibilitando uma contribuição contínua e, quando não vendem a produção não têm como contribuir.
As professoras terão que trabalhar 10 anos a mais, caso a Reforma seja aprovada, sendo 05 anos por conta do fim da aposentadoria especial e mais 05 anos pelo fim do respeito à tripla jornada que hoje garante a redução do tempo de serviço em relação aos homens.
As mulheres são vanguarda do calendário de lutas das Centrais Sindicais, que prevê:

# Abaixo assinado Contra a Reforma
# Pressão nos deputados e senadores para votarem CONTRA a Reforma
# Ato Nacional Unificado no dia 1º de Maio – Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores –  Contra a reforma da Previdência e o desemprego.

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