Potencialização da exploração e da opressão do Governo Bolsonaro
A
violência contra a mulher, cada vez mais frequente, tem caráter histórico e advém das
transformações econômicas e sociais ocorridas a partir do surgimento da
propriedade privada e da sociedade de classes. O sistema Capitalista em que
vivemos se alimenta desse tipo de opressão, e dentro dessa sociedade
estruturada em premissas machistas, espera-se que nós mulheres assumamos papeis
servis e/ou secundários. Sempre que exercemos algum protagonismo esta atitude se reveste de muita coragem e resistência.
O
momento político nacional polarizado, com a inserção da extrema-direita que tem
seus valores expressos através da vitória de Bolsonaro nas últimas eleições,
favorece o crescimento destes ataques, inclusive contra a vida das mulheres. O
número crescente de feminicídios em diversas regiões do país não é mero acaso.
Em meio ao processo eleitoral mais conturbado das últimas décadas, Jair
Bolsonaro com seu discurso neofascista demonstrado durante toda a sua carreira
pública, fortalece a fala antifeminista, machista e misógina dos seus
apoiadores. Inclusive, há quem minimize a retirada de direitos, violências e os
assassinatos contra as mulheres, pois o próprio governo não se propõe a oferecer nenhuma
medida efetiva de enfrentamento.
Não restam dúvidas que a finalidade dessa
hipocrisia é silenciar os debates que as mulheres estimulam nos meios sociais e
nas ruas, para defender seu direito à vida que é ameaçado todos os dias pela
estrutura patriarcal que é um dos alicerces da sociedade capitalista, baseada na exploração e
na opressão.
No
mesmo aspecto, numa conjuntura em que o machismo corriqueiro resulta em números crescentes de feminicídios e outras formas de violência contra a mulher, temos
como principal ataque dos governos e patrões o projeto de Reforma da Previdência, que em seu conjunto, representa um desmanche nas conquistas sociais da nossa classe, trazendo consequências distintas e ainda mais graves para as mulheres trabalhadoras.
A Reforma da Previdência, por trás de todos os disfarces, trata direito como privilégio e sugere que as mulheres contribuam por
mais tempo e se aposentem com mais idade, ignorando todas as desigualdades existentes
no mercado de trabalho, além da dupla, e até mesmo tripla jornada de trabalho,
gerada pelos afazeres domésticos e cuidado com os filhos. A Reforma Guedes Bolsonaro, caso
aprovada, reforçará ainda mais a posição da mulher trabalhadora como principal vítima
da opressão. Portanto, o combate à PEC 06/2019 da Reforma da Previdência é pauta prioritária e inegociável para todxs aquelxs que lutam pela construção de uma sociedade justa, sem exploradorxs e exploradxs nem opressorxs e oprimidxs!